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Foto do escritorArissa Umezaki

COP29 e G20: mudanças climáticas na pauta mundial

Por: equipe de comunicação ARCA Sustentabilidade


Crédito: Free Malaysia Today


O debate sobre mudanças climáticas andou agitado no cenário internacional agora em novembro: enquanto a COP29 (conferência das Nações Unidas sobre clima) acontecia no Azerbaijão, a Cúpula do G20 acontecia no Brasil, tendo o clima como um dos três temas prioritários nas discussões entre as maiores economias do mundo.


As notícias de esvaziamento e pouca evolução que chegavam de Baku, capital do Azerbaijão, causavam pouca expectativa de um acordo climático consistente na conferência da ONU. Com isso e com a presença em peso dos chefes-de-Estado dos países mais ricos do mundo, a Cúpula do G20, nos dias 18 e 19 no Rio, recebeu as atenções mundiais sobre o tema. Em especial, pois o Brasil havia apontado “mudanças climáticas” como uma das três prioridades de sua presidência rotativa do bloco.


O acordo final fala sobre o assunto e pede que os países desenvolvidos adiantem suas metas climáticas em dez anos. O documento, porém, não é vinculante – ou seja, não tem poder de “lei” para os países signatários.

Já a COP29 teve que se estender dois dias a mais (originalmente prevista de 11 a 22 de novembro, foi encerrada somente ontem, dia 24), devido à falta de definições nas negociações sobre um acordo final. As dificuldades já se anunciavam há meses: lideradas pelo Azerbaijão, país produtor de petróleo, as negociações não só não evoluíram em direção a metas mais ousadas, como sofreram retrocessos, com resistências à menção sobre transição energética (que havia sido acordada na COP anterior) e a falta de definição sobre financiamento climático até o último minuto.


Anunciado ontem, o acordo final tem os países desenvolvidos concordando em destinar U$ 300 bilhões para ações climáticas nos países em desenvolvimento até 2030. A cifra é considerada insuficiente por especialistas, que apontam a necessidade de mais de U$ 1 trilhão para que as metas sejam atingidas.


Agora é esperar a COP30, em Belém (PA), para a qual são esperados avanços mais significativos, dada o protagonismo histórico do Brasil no tema.

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